DEUS SABE O DIA DA NOSSA PARTIDA NÃO COMETER O ASSASSINATO PORQUE NÃO ACABA AQUI TEM QUE SE CUMPRIR O QUE DEUS NOS ENSINOU
Esta questão está se tornando cada vez mais importante hoje em dia, já que muitas vezes é possível estender a vida física além do ponto em que, antigamente, seria totalmente
impossível. Desta forma, a cessação das batidas do coração não é mais vista como o ponto da morte, uma vez que reversível; por outro lado, a cessação da actividade cerebral normalmente é tida por irreversível pela tecnologia moderna. A questão de “quando” a alma deixa o corpo passa a ser importante porque existem certas coisas que alguém faria com um corpo morto (p.ex.: sepultá-lo) e que não faria com uma pessoa viva. O mesmo seria verdade quanto ao corpo vivo que “não é mais pessoa” (se é que isso poderia acontecer!). Ainda que alguém o tratasse com respeito, em consideração com a pessoa que ele foi (assim como quando alguém guarda um chumaço do cabelo daquele ente querido que faleceu), geralmente acaba não o tratando como se fosse aquela pessoa. Assim, por exemplo, algumas pessoas sugeririam a realização da eutanásia (assassinato deliberado) em um corpo vivo que já não é visto como pessoa. Se a alma tiver deixado o corpo, então isto não poderia ser tido como assassinato; porém, se ela ainda estiver ali, então o ato seria de assassinato, pois um ser humano inocente teria sido morto deliberada e intencionalmente. Eu resolvi escrever estas linhas porque recentemente a minha mãe faleceu, em idade bem jovem, devido a um aneurisma cerebral totalmente inesperado e imprevisível, com o qual nasceu e que não era do conhecimento de ninguém. Certo dia, por volta das 15:00 horas, ela passou mal enquanto ligava para o consultório médico, pois estava tendo visão dupla; e por volta das 17:00 do dia seguinte, faleceu. Felizmente, eu fui capaz de rapidamente viajar de avião para Fayetteville (Arkansas, EUA), chegando a tempo para passar várias horas ao seu lado, falando [unilateralmente] com ela. Eu também fiquei certo da sua salvação. Embora em momento algum tenha aparecido a sugestão de se cometer eutanásia, enquanto ela ainda vivia, alguém me sugeriu, como conforto, que sua alma teria deixado o corpo no dia anterior, por volta das 15:00 horas, quando ela perdeu a consciência. Sob essas circunstâncias, eu não iniciei um debate, mas actualmente vejo que essa atitude foi errada. A perda da consciência não significava a perda da alma, caso contrário alguém poderia perder a alma sempre que adormecesse (ou, pelo menos, sempre que estivesse sob os efeitos de anestesia geral, quando nem sonhar pode). A Bíblia implicitamente nos informa o momento em que a alma deixa o corpo quando diz: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2,26). Então, quando é que o corpo morre? Quando ele é afastado da alma. E quando é que a alma o deixa? No ponto da morte. Isto reflecte um fato básico de antropologia teológica cristã: a alma não é apenas uma coisa que habita o corpo; é o princípio vital do corpo, a forma substancial do corpo; eis porque quando a alma deixa o corpo, o corpo morre e se desintegra, perdendo a forma integral que o mantinha unido [à alma]. O mesmo é verdade para as partes do corpo; quando a alma deixa uma parte do corpo (ou é forçada a deixá-lo devido a um ferimento grave), aquela parte morre e se desintegra (p.ex: devido a gangrena ou amputação). O ponto em que a alma deixa o corpo é aquele em que a ciência médica se refere como “morte somática” ou “morte corporal” (“soma” é a palavra grega empregada para “corpo”). Quando o corpo, como uma entidade única, morre – não apenas quando algumas células dele morrem ou quando alguns órgãos dele morrem (ainda que seja o cérebro ou o coração, apesar que a morte destes normalmente acaba levando à morte todo o corpo) – então é aí que a alma o deixa. Algumas células do corpo (como os folículos do cabelo e as unhas dos dedos) podem continuar “vivendo” por mais algum tempo (assim como uma célula consegue viver por algum tempo quando extraída do corpo), mas o corpo em si, como um todo, como um sistema, está morto e é quando sabemos que a alma o deixou. Até esse momento, o corpo vivo deve ser tratado com todo o respeito, pois ainda que a pessoa esteja inconsciente é – ele ou ela – uma pessoa viva. Com efeito, ele ou ela não poderão ser assassinados pela eutanásia.
impossível. Desta forma, a cessação das batidas do coração não é mais vista como o ponto da morte, uma vez que reversível; por outro lado, a cessação da actividade cerebral normalmente é tida por irreversível pela tecnologia moderna. A questão de “quando” a alma deixa o corpo passa a ser importante porque existem certas coisas que alguém faria com um corpo morto (p.ex.: sepultá-lo) e que não faria com uma pessoa viva. O mesmo seria verdade quanto ao corpo vivo que “não é mais pessoa” (se é que isso poderia acontecer!). Ainda que alguém o tratasse com respeito, em consideração com a pessoa que ele foi (assim como quando alguém guarda um chumaço do cabelo daquele ente querido que faleceu), geralmente acaba não o tratando como se fosse aquela pessoa. Assim, por exemplo, algumas pessoas sugeririam a realização da eutanásia (assassinato deliberado) em um corpo vivo que já não é visto como pessoa. Se a alma tiver deixado o corpo, então isto não poderia ser tido como assassinato; porém, se ela ainda estiver ali, então o ato seria de assassinato, pois um ser humano inocente teria sido morto deliberada e intencionalmente. Eu resolvi escrever estas linhas porque recentemente a minha mãe faleceu, em idade bem jovem, devido a um aneurisma cerebral totalmente inesperado e imprevisível, com o qual nasceu e que não era do conhecimento de ninguém. Certo dia, por volta das 15:00 horas, ela passou mal enquanto ligava para o consultório médico, pois estava tendo visão dupla; e por volta das 17:00 do dia seguinte, faleceu. Felizmente, eu fui capaz de rapidamente viajar de avião para Fayetteville (Arkansas, EUA), chegando a tempo para passar várias horas ao seu lado, falando [unilateralmente] com ela. Eu também fiquei certo da sua salvação. Embora em momento algum tenha aparecido a sugestão de se cometer eutanásia, enquanto ela ainda vivia, alguém me sugeriu, como conforto, que sua alma teria deixado o corpo no dia anterior, por volta das 15:00 horas, quando ela perdeu a consciência. Sob essas circunstâncias, eu não iniciei um debate, mas actualmente vejo que essa atitude foi errada. A perda da consciência não significava a perda da alma, caso contrário alguém poderia perder a alma sempre que adormecesse (ou, pelo menos, sempre que estivesse sob os efeitos de anestesia geral, quando nem sonhar pode). A Bíblia implicitamente nos informa o momento em que a alma deixa o corpo quando diz: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2,26). Então, quando é que o corpo morre? Quando ele é afastado da alma. E quando é que a alma o deixa? No ponto da morte. Isto reflecte um fato básico de antropologia teológica cristã: a alma não é apenas uma coisa que habita o corpo; é o princípio vital do corpo, a forma substancial do corpo; eis porque quando a alma deixa o corpo, o corpo morre e se desintegra, perdendo a forma integral que o mantinha unido [à alma]. O mesmo é verdade para as partes do corpo; quando a alma deixa uma parte do corpo (ou é forçada a deixá-lo devido a um ferimento grave), aquela parte morre e se desintegra (p.ex: devido a gangrena ou amputação). O ponto em que a alma deixa o corpo é aquele em que a ciência médica se refere como “morte somática” ou “morte corporal” (“soma” é a palavra grega empregada para “corpo”). Quando o corpo, como uma entidade única, morre – não apenas quando algumas células dele morrem ou quando alguns órgãos dele morrem (ainda que seja o cérebro ou o coração, apesar que a morte destes normalmente acaba levando à morte todo o corpo) – então é aí que a alma o deixa. Algumas células do corpo (como os folículos do cabelo e as unhas dos dedos) podem continuar “vivendo” por mais algum tempo (assim como uma célula consegue viver por algum tempo quando extraída do corpo), mas o corpo em si, como um todo, como um sistema, está morto e é quando sabemos que a alma o deixou. Até esse momento, o corpo vivo deve ser tratado com todo o respeito, pois ainda que a pessoa esteja inconsciente é – ele ou ela – uma pessoa viva. Com efeito, ele ou ela não poderão ser assassinados pela eutanásia.
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